
Marca estreia em segmento crossover com modelo que reúne características de utilitário esportivo e minivan. Modelo chega ao Brasil em 2010 com motor 1.6 turbo e câmbio automático.
Até hoje, a tradição da Peugeot no segment off-road limitava-se ao utilitário esportivo 4007, na verdade um Mitsubishi Outlander com roupagem Peugeot. Ou seja, tradição zero. Mas como a procura por modelos com algum apelo do gênero vem aumentando em todo o mundo, os franceses decidiram se aventurar nesse terreno. O advento dos crossovers facilitou o trabalho, já que não foi preciso desenvolver um jipe rústico, e sim uma minivan com pitadas de fora-de-estrada. Estou falando do 3008, lançado em março no Salão de Genebra (Suíça). Com ele, a Peugeot tem a intenção de brigar com modelos como o jipe VW Tiguan, e também com veículos familiares. O 3008 é uma resposta ao crescimento do mercado de utilitários compactos. Na Europa, a procura cresceu 166,6% no ano passado.
Embora o 3008 só chegue ao Brasil no ano que vem, fomos até a Croácia colher as primeiras impressões do estreante. À beira-mar, no sul da costa da Croácia, a cidade de Dubrovnik é chamada de Pérola do Adriático, tamanha a beleza de suas praias de águas límpidas e seu centro histórico.

Todo encanto natural de Dubrovnik abre os olhos para o estilo do 3008, não tão harmonioso como o “pequeno bosque dos carvalhos” (significado do nome da cidade em croata). A frente com a grade marcante não “conversa” com a traseira, com suas lanternas em forma de bumerangues invadindo as laterais. Falta harmonia, claramente.Se o desenho do exterior é um pouco controverso, o do interior do veí-culo compensa. Com traços elegantes e acabamento de qualidade, propicia um ambiente acolhedor.
Quem viaja nos bancos de trás tem bom espaço para os ombros e as pernas. O porta-malas é amplo, com 512 litros, e sua base consegue ocupar três posições: pode ficar na altura do assoalho ou criar espécies de prateleiras ao ser alinhado com a tampa aberta (quando 25% do volume fica disponível abaixo do piso). Outra opção é mantê-lo na mesma linha da tampa fechada, repartindo o espaço em 45% sob o assoalho e 55% sobre ele. Além disso, há compartimentos para objetos atrás dos bancos dianteiros, sob o assoalho. Eles podem ser escamoteados, formando uma superfície plana.
À frente, motorista e passageiro ficam bem separados por um amplo túnel central. O duto elevado limita o espaço para a acomodação, mas isso não reduz o nível de conforto nos amplos assentos. Para o motorista, esse componente apresenta vantagem e desvantagem. Ao mesmo tempo em que deixa a alavanca de câmbio em posição elevada (facilitando as trocas de marchas), traz porta-trecos no mesmo nível do câmbio. Com isso, uma garrafa de água, por exemplo, fica bem no caminho, podendo ser deslocada a toda hora.
Exceto por este detalhe, a posição para dirigir e ótima. Mesmo com regulagens manuais, os bancos podem ser bem ajustados ao gosto do condutor, que guia em posição elevada, mas não exagerada. O amplo para-brisa avançado, típico de monovolumes, amplia a visibilidade. Aliás, a visão para o exterior é bastante privilegiada no3008, que tem um teto panorâmico de 1,6 m2 e 5 mm de espessura – o que reduziu em 5 kg o peso do crossover.

Nenhum comentário:
Postar um comentário